As Alternativas da Nova Seleção Brasileira de Dorival Júnior

No segundo capítulo de Dorival Júnior no comando da seleção brasileira, analisamos o empate contra a Espanha por 3 a 3. Mas precisamos ir além da história de como o placar foi construído.

A análise completa em vídeo está disponível no final da página.

Dorival fez muitos testes e utilizou todas as alterações, mudando consideravelmente o comportamento da equipe. Vamos entender os prós e contras de cada uma das variações táticas testadas por Dorival Júnior e quais pontos do modelo de jogo foram mantidos em relação ao jogo anterior contra a Inglaterra.

Um Jogo Pegado e Cheio de Mudanças

Tivemos o segundo capítulo de Dorival Júnior à frente da Seleção Brasileira: Espanha 3, Brasil também 3. Um jogo que era para ter sido amistoso, mas que de amistoso não teve muita coisa. Foi um jogo extremamente pegado.

Além da história de como esse 3 a 3 foi construído, esse jogo vale a pena ser analisado de perto para entender as alternativas e variações que Dorival Júnior está pensando para o modelo de jogo da seleção brasileira. No intervalo, ele fez quatro substituições que mudaram completamente a característica do time.

Formação Inicial e Pressão Espanhola

Dorival Júnior iniciou com a mesma formação que usou contra a Inglaterra: Bento no gol, uma linha defensiva com Danilo, Fabrício Bruno, Beraldo e Wendel. No meio-campo, Paquetá, Bruno Guimarães e João Gomes. No ataque, Rafinha pela direita, Rodrigo centralizado e Vinícius Júnior pela esquerda.

A Espanha foi muito mais dominante em relação à posse de bola e volume de jogo no campo de ataque do que a Inglaterra. O Brasil teve menos transições para chegar ao ataque.

Espaços Expostos e Problemas Defensivos

Dois espaços que apareceram muito foram entre o lateral e o zagueiro, e na entrada da área. A organização ofensiva da Espanha criava superioridade numérica sobre a linha defensiva do Brasil. Paquetá avançava para o primeiro combate, enquanto Rafinha aguardava a descida do lateral. Bruno Guimarães muitas vezes estava longe para cobrir os espaços deixados.

Destaque: A Espanha conseguia levar a bola para o fundo do campo, forçando o bloco de marcação do Brasil a afundar. Os atacantes brasileiros ficavam soltos à frente, deixando grandes espaços na entrada da área.

Variações Táticas e Substituições

Dorival fez várias mudanças no intervalo, que mudaram a característica do time. André entrou no lugar de Bruno Guimarães, Andreas Pereira substituiu João Gomes, e Hendrick e Rodrigo foram reposicionados. Paquetá passou a recuar mais, ajudando na marcação junto com Andreas Pereira.

Destaque: Mesmo com as mudanças, a Espanha continuava explorando espaços na entrada da área, principalmente com chutes de fora.

Subidas dos Laterais e Exposição

Com Vinícius Júnior e Rodrigo nas pontas, a Espanha gerava dois contra um sobre os laterais brasileiros. Isso desencaixava a marcação central, criando vulnerabilidades. Dorival precisou fazer mais ajustes, substituindo Vinícius Júnior por Douglas Luiz e reposicionando Paquetá como ponta esquerda.

Destaque: Essas mudanças diminuíram a superioridade numérica da Espanha pelo lado esquerdo, mas ainda deixaram brechas pelo lado direito.

Marcação Pressão e Contra-Ataques

Quando o Brasil tentava subir o bloco de marcação, a Espanha conseguia bater a pressão. Diferente do jogo contra a Inglaterra, os zagueiros brasileiros tentaram "caçar" os adversários, mas isso gerou dúvidas e falhas na marcação.

A Espanha também foi eficiente na marcação pressão, neutralizando a saída de bola do Brasil. O time espanhol usava dois jogadores para neutralizar três do Brasil, com Rodri sobrando para dobrar a marcação.

Riscos na Saída de Bola

No jogo contra a Espanha, o Brasil assumiu mais riscos na saída de bola. Fabrício Bruno, por exemplo, arriscou passes em zonas de alta pressão, o que gerou boas jogadas de ataque, mas também perdas de posse perigosas.

As Alternativas da Nova Seleção Brasileira de Dorival Júnior

Dorival Júnior está explorando muitas variações táticas na Seleção Brasileira. Apesar das brechas defensivas, o Brasil mostrou força nos contra-ataques e potencial em assumir riscos na saída de bola. A Copa América será um teste crucial para ajustar essas estratégias e consolidar o modelo de jogo.

Principais Pontos da Análise

  • Formação Inicial e Pressão Espanhola: Detalhe da formação e domínio espanhol.
  • Espaços Expostos e Problemas Defensivos: Análise das vulnerabilidades defensivas do Brasil.
  • Variações Táticas e Substituições: Impacto das mudanças táticas de Dorival.
  • Subidas dos Laterais e Exposição: Como a Espanha explorou os laterais brasileiros.
  • Marcação Pressão e Contra-Ataques: Eficácia da marcação pressão da Espanha.
  • Riscos na Saída de Bola: Análise dos riscos assumidos pelo Brasil na saída de bola.
  • Conclusão: Avaliação das estratégias e expectativas para a Copa América.
Seleção Brasileira
Raul Ando
Raul Ando. Analista de futebol profissional. Apaixonado por táticas e estratégias de jogo. Produtor de conteúdo no Categoria Canal, Futebol Cursos e Núcleo de Análise Tática.
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