Pep Guardiola não se cansa de reinventar o Manchester City.
Nesse início de temporada, a equipe apresentou uma nova organização ofensiva.
Os posicionamentos nas saídas de bola mudaram, assim como nos ataques posicionais.
Nessa análise vamos explicar o posicionamento do City com a posse de bola nestas duas situações de jogo.
Saída de Bola contra o Chelsea
Logo no jogo de estreia, vitória por 2 a 0 fora de casa contra o Chelsea, e uma nova organização na saída de bola.
A equipe se organizava no 3133, com linhas bem definidas.
Como o Chelsea se defendia no 4231, esse posicionamento sobrecarregava os dois volantes adversários, e gerava vantagem para o City.
Perceba no encaixe de marcação da imagem acima como o De Bruyne está livre.
Saída de Bola contra o Ipswich
Na segunda partida contra o Ipswich, Pep Guardiola manteve o posicionamento na saída de bola.
O espaço para o De Bruyne jogar ficou ainda maior. Uma vez que o Ipswich começou se defendendo no 433.
Além de se mostrar eficiente para avançar em campo, essa organização elevou o potencial de perigo das jogadas de construção rápida.
Principal Jogada de Construção Rápida
Inclusive foi assim que nasceu o terceiro gol do Manchester City na vitória por 4 a 1 em casa contra o Ipswich.
Essa jogada se mostrou bastante promissora. Ela é eficiente para produzir espaço para que o De Bruyne receba, fique confortável, e acione o Haaland entrando em diagonal.
Por sua vez, essa diagonal do meio para a esquerda é a que o Haaland mais gosta. Ele se coloca entre o zagueiro e a bola para proteger, enquanto arruma para a perna boa para finalizar.
Ataque Posicional contra o Chelsea
A medida que o time fica com a posse de bola no campo de ataque e circula de um lado para o outro, a organização vai mudando.
Basicamente, dois meio campistas avançam e fecham mais pelo meio: De Bruyne e Lewis nessas duas primeiras partidas.
Com isso, o City sai do 3133, e passa para o 3151, como você pode ver pela imagem acima.
Nesta partida contra o Chelsea, o segundo gol do City nasceu dessa organização, em uma jogada de infiltração lateral.
Perceba na imagem acima como o posicionamento gera vantagem para que o City invada o bloco pelo lado e conclua a jogada com Haaland.
Ataque Posicional contra o Ipswich
O mesmo posicionamento foi mantido para o jogo contra o Ipswich.
Essa nova organização favorece as infiltrações, por ter um jogador a mais entre as linhas, sob o custo de aumentar o nível de exposição, tendo um jogador a menos por fora do bloco.
Mudanças no Segundo Tempo
Mas no segundo tempo da partida contra o Ipswich, Guardiola voltou a adotar o velho posicionamento tradicional.
Após a saída de Kovacic lesionado e a entrada de Stones em seu lugar, Guardiola recuou Rico Lewis e organizou a equipe no 325.
Essa formação permitiu um maior controle da posse de bola, e uma menor exposição aos contra-ataques do Ipswich.
A Nova Organização Ofensiva do Manchester City
A nova organização ofensiva do Manchester City pode ser uma variação em teste neste início de temporada.
Mas caso continue funcionando, com certeza veremos ela se repetir em outras partidas.
Aliás, os posicionamentos do City não mudaram apenas com a bola, se defendendo o desenho também mudou.
Mas isso é assunto para outra análise.
Grande abraço e até a próxima!