Uma das cartas na manga de Abel Ferreira é o ataque posicional do Palmeiras.
Quando o adversário está bem postado atrás, o que fazer?
Esse tem sido o dilema de muitas equipes brasileiras. Não é o caso do Palmeiras de Abel Ferreira.
Atacar o adversário em bloco baixo, exige coordenação coletiva. Esse é o ponto que mais me chama a atenção, e sempre rende boas análises.
Essa vantagem que as comissões técnicas podem criar nasce na criação da estratégia, mas passa por conseguir executá-la em campo. Ou seja, fazer com que os atletas sigam o plano.
É um desafio grande!
No jogo contra o Juventude, o Palmeiras mostrou tudo o que um bom ataque posicional precisa.
Organização Inicial
Meio-campistas nas costas. Tanto o Scarpa quanto o Zé Rafael (Veiga não jogou), se posicionam nas costas dos seus marcadores. Isso é determinante para criar vantagem depois que a jogada é iniciada.
Danilo centralizado. O objetivo é tentar atrair a marcação do volante, para que ele não faça a cobertura no Scarpa e no Zé Rafael.
Extremos recuados. Dudu e Jorge não avançam até a altura da linha defensiva. O objetivo é atrair a marcação dos laterais quando a jogada chega. Criando espaço para a sequência da jogada.
Centroavantes prendendo os zagueiros no corredor central. O objetivo é atrair a marcação para que os zagueiros não saiam na cobertura dos laterais que subirem para pegar os extremos.
Dinâmica do Ataque Posicional do Palmeiras
A chave para iniciar a jogada era o Scarpa escapar do volante. Assim, no lance abaixo, com a marcação encaixada o Palmeiras não acelera o jogo. Recua, se reposiciona e tenta criar espaço novamente.
Assim, mantém a bola e tem liberdade para se reposicionar.
O gatilho para iniciar a jogada é quando um dos meio-campistas escapa do volante adversário. Nesse caso o Scarpa está pronto para receber nas costas do lateral que vai subir no Dudu.
Dessa forma, o time ganha o corredor para fazer o cruzamento. Veja a dinâmica do ataque posicional do Palmeiras no vídeo abaixo.