São Paulo de Telê Santana marcou época no início da década de 90. Futebol ofensivo, empolgante e que trouxe grandes títulos para o Morumbi. Duas Libertadores e dois Mundiais.
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Mas como esse time serviu de inspiração até hoje? Quais eram as táticas, jogadas e estratégias utilizadas?
Telê Santana assumiu o São Paulo no final de 1990 e deixou o time em 1995. Nesse período, conquistou diversos títulos, incluindo dois Paulistas, um Brasileiro, duas Libertadores e dois Mundiais. Um ano especial foi 1992, quando as fronteiras do Brasil ficaram pequenas para o time do Morumbi.
Principais Pontos da Análise
- Conquistas Históricas: Títulos que marcaram o futebol mundial.
- Mudanças no Time: Adaptações feitas por Telê ao longo da temporada.
- Esquema Tático: A formação e as jogadas utilizadas pelo time.
- Infiltrações e Tabelas: Principais jogadas de ataque do São Paulo.
- Sistema Defensivo: Como o time se defendia e neutralizava adversários.
Conquistas Históricas
Telê Santana assumiu o São Paulo em 1990 e deixou o time em 1995. Conquistou dois Paulistas, um Brasileiro, duas Libertadores e dois Mundiais. 1992 foi o ano especial, quando o São Paulo dominou o futebol mundial. Com um elenco de craques e um treinador excepcional, o time alcançou um nível de entrosamento invejável.
Mudanças no Time
Telê promoveu várias mudanças ao longo de 1992. O time que começou o ano era bem diferente do que terminou a temporada. Em dezembro de 1991, a escalação contra o Corinthians incluía Zetti, Cafu, Antônio Carlos, Ronaldão e Nelsinho, entre outros. Mas, para conquistar a Libertadores, Telê alterou a equipe, incluindo jogadores como Pintado, Adilson e Palhinha.
Após a Libertadores, Antônio Carlos saiu e Toninho Cerezo entrou. O time passou a incluir Cerezo no meio e Ronaldo Luiz e Vítor ganharam espaço. Telê valorizava jogadores versáteis, que podiam atuar em várias posições e cumprir diversas funções no esquema tático.
Esquema Tático
O ataque do São Paulo de Telê Santana era dinâmico e envolvente. Infiltrações, tabelas e apoio eram a base das jogadas ofensivas. Os pontas jogavam pelo meio e os laterais passavam por fora, sempre criando alternativas. As tabelas de três jogadores e ultrapassagem eram comuns, desorganizando a defesa adversária e criando espaços para finalizações.
Infiltrações e Tabelas
As infiltrações eram a principal jogada do São Paulo. Tabelas com três jogadores, ultrapassagens e apoios eram estratégias chave. Os pontas cortavam para o meio e os laterais avançavam, sempre oferecendo opções de passe e criando oportunidades de gol.
Sistema Defensivo
Defensivamente, o São Paulo se destacava pela compactação. Telê implementou um sistema sólido, com jogadores compactando o espaço e dificultando as ações adversárias. O time se defendia no 4-2-3-1, com os volantes e a linha de três jogadores fechando em torno da bola. Telê se inspirou no "pressing" da Holanda de 1974, mantendo a pressão intensa sobre os adversários.
O São Paulo também neutralizava os contra-ataques adversários com eficiência. Os defensores avançavam para atrasar o contra-ataque, permitindo tempo para a recomposição. Os laterais eram fundamentais, ajudando na defesa e no ataque.
Enfrentando o Barcelona de Cruyff
Em 1992, o São Paulo enfrentou o poderoso Barcelona de Johan Cruyff. Telê ajustou o time para neutralizar as jogadas de ataque do Barcelona, mantendo os zagueiros recuados e evitando ser pego de surpresa. O São Paulo se defendia com muitos jogadores próximos da bola, dificultando as infiltrações adversárias.
O Barcelona fazia marcação individual, mas o São Paulo conseguia escapar dessa marcação com movimentações inteligentes. Jogadores como Cerezo e Palhinha conseguiam se livrar da marcação, criando oportunidades de gol. No confronto direto, Miller se destacava, vencendo duelos individuais e criando jogadas perigosas.
Telê Santana apresentou soluções inovadoras e modernas para a época, contribuindo significativamente para a evolução do futebol. Estudar esses métodos e táticas é essencial para entender o desenvolvimento do jogo.
